CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Debate Denúncias de Interferência da USAID e Preocupa-se com Soberania Nacional e Processos Democráticos no Brasil

No dia 6 de agosto, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública que promete ser crucial para a avaliação de denúncias sobre a interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no Brasil. A sessão foi convocada pelo deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL no Rio de Janeiro, e deve abordar questões delicadas relacionadas à soberania nacional e à integridade dos processos democráticos do país.

A USAID, criada em 1961, é a principal entidade do governo americano responsável pela assistência externa não militar, com a missão de promover o desenvolvimento social e econômico em nações ao redor do mundo. Historicamente, a agência tem atuado em áreas como saúde, educação e redução da pobreza, mas sua atuação no Brasil nos últimos tempos suscita preocupações. Cavalcante mencionou que, entre 2023 e 2024, a USAID direcionou cerca de 44,8 milhões de dólares a diversas organizações não governamentais brasileiras.

As iniciativas apoiadas pela agência englobam temas variados, desde proteção ambiental na Amazônia até a promoção de direitos de gênero e combate à desinformação. Em suas declarações, o deputado expressou preocupação com o impacto dessas ações na autonomia brasileira, ressaltando que a colaboração da USAID com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enfrentar questões como a desinformação durante períodos eleitorais levanta questões sérias sobre a influência externa em processos políticos internos.

A audiência pública está marcada para as 9h30, no plenário 3 da Câmara, e promete reunir especialistas, representantes de instituições envolvidas e membros da sociedade civil para discutir os limites da assistência internacional e suas implicações na democracia brasileira. O evento visa esclarecer alegações de que a atuação da USAID poderia comprometer a soberania do Brasil e a integridade de seus processos eleitorais, ao mesmo tempo em que possibilita um espaço para ouvir as diferentes vozes sobre o tema. Essa discussão terá repercussões significativas sobre a forma como o país se relaciona com agências estrangeiras e a natureza da ajuda externa recebida.

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