CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova aumento de pena para sequestro que envolve uso de refém como escudo humano e tipifica crime com estruturas civis em ações criminosas.

Em um avanço significativo na legislação brasileira, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 8 de julho, um projeto de lei que visa aumentar as penas para o crime de sequestro, especialmente em casos em que vítimas são utilizadas como escudos humanos. Com o novo texto, a pena para este tipo de crime pode variar de cinco a dez anos de prisão, além de uma multa, podendo ser aplicada em conjunto com a punição já prevista para o sequestro, que é de um a três anos.

A proposta em questão é um substitutivo elaborado pelo relator, deputado Delegado Ramagem, que revisou o Projeto de Lei 242/25, originalmente apresentado pelo deputado General Pazuello. O projeto inicial buscava tipificar como crime o uso de estruturas civis, como residências, escolas e hospitais, para facilitar ações criminosas ou dificultar intervenções policiais. A pena estabelecida era de reclusão de três a cinco anos, além de impondo multas.

Desde seu início, a proposta visa desestimular o uso indevido desses espaços por criminosos, um problema que aflige várias áreas urbanas do país. No entanto, ao assumir a relatoria, Ramagem decidiu manter a essência do projeto original, mas acrescentou o agravante para ações que impliquem no uso de reféns como escudos humanos.

Essa mudança não apenas endurece as penalidades associadas a crimes de sequestro, mas também busca defender os cidadãos em situações de risco e melhorar a atuação das forças de segurança. O texto agora em questão altera o Código Penal, refletindo uma preocupação crescente com a segurança pública e o fortalecimento das leis que protegem a sociedade.

Os próximos passos para a aprovação da proposta envolvem novas análises pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após essas etapas, o projeto será submetido à avaliação do Plenário da Câmara, onde espera-se um debate abrangente sobre a eficácia e as implicações das novas disposições legais em relação à segurança da população. O debate em torno dessa proposta é emblemático, refletindo a urgência de uma abordagem mais rigorosa em relação aos crimes que ameaçam a integridade dos cidadãos.

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