Durante a audiência, o deputado Mersinho Lucena (PP-PB) destacou que o Brasil já foi o maior exportador de camarão do mundo, há cerca de vinte anos. Na época, o país era responsável por 30% do camarão consumido na França, além de ter presença nos mercados americanos e chineses. No entanto, a realidade atual é bem diferente, com a maior parte da produção nacional sendo destinada ao consumo interno.
Mersinho ressaltou a necessidade de se debater o assunto e buscar meios para impulsionar a produção de camarão no Brasil, a fim de reconquistar a relevância no mercado internacional. Ele citou o exemplo do Equador, um país menor que o Brasil, que exporta bilhões de dólares em camarão anualmente.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, também participou da audiência e enfatizou os impactos negativos da falta de exportação do camarão, principalmente para os pequenos produtores. Ele destacou que o consumo interno do alimento cresceu significativamente nos últimos anos, mas o Brasil quase não exporta camarão.
Herlon Brandão, representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que garantir a exportação do camarão é uma questão estratégica para o país. Ele lamentou o fato de o Brasil estar fora de um mercado mundial bilionário, comparável ao mercado de carnes de aves. Brandão ressaltou a importância da coordenação entre os ministérios envolvidos para viabilizar a retomada das exportações de camarão.
Diante desse cenário, a audiência pública se mostrou um importante espaço de debate e reflexão sobre o futuro da produção de camarão no Brasil e a necessidade de medidas para tornar o país novamente competitivo no mercado global de crustáceos.