Outras áreas mencionadas por França que possuem grande potencial de inovação são o setor de medicamentos e o agronegócio. Segundo o ministro, essas são atividades em que o Brasil já possui vocação, graças a pesquisas e conhecimentos acumulados ao longo dos anos.
O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), que coordenou os debates sobre os incentivos à inovação na indústria, ressaltou a importância do desenvolvimento industrial para o Brasil. Ele destacou que a indústria é capaz de gerar empregos mais bem remunerados e que lutar pela reindustrialização é lutar pelo desenvolvimento econômico e social do país.
Tiago Chagas, gerente da Unidade de Novos Negócios da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apontou a aversão ao risco como um dos limitadores da inovação no Brasil. Ele ressaltou que a ABDI trabalha no estímulo à inovação, mostrando para a indústria que investir em novas tecnologias traz ganhos de produtividade. Chagas destacou também a importância de fazer pilotos em diversas áreas para estimular as empresas a investirem em novas tecnologias.
Adriana Faria, diretora executiva do Parque Tecnológico de Viçosa (MG), falou sobre o desafio de encontrar um modelo eficiente de integração entre universidades, empresas e governos. Ela ressaltou a importância da “capitalização do conhecimento” e destacou a possibilidade de empresas contratarem universidades para projetos de desenvolvimento e abaterem esses investimentos como benefícios fiscais previstos na Lei do Bem.
Já Roberto Alvarez, diretor executivo da Global Federation of Competitiveness Councils, destacou que o Brasil possui muita produção científica, mas pouca inovação nos últimos anos. Para ele, é fundamental transformar conhecimento em valor econômico e permitir uma melhor interação entre as universidades e o setor produtivo através de possíveis alterações na legislação. Alvarez afirmou que conhecimento e empreendedorismo são os motores da inovação.
O seminário proporcionou uma importante discussão sobre as estratégias de inovação na indústria brasileira, ressaltando a necessidade de explorar as potencialidades do país e promover a integração entre universidades, empresas e governos. A inovação é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, gerando empregos mais qualificados e impulsionando a competitividade do país no cenário internacional.