Um dos pontos destacados pelo diplomata foi a Lei 14.948/24, que proporciona incentivos para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Zimbres reconheceu os avanços legais do Brasil em relação ao hidrogênio verde, porém ressaltou a concorrência acirrada com outros países, fazendo uma analogia com uma verdadeira “Copa do Mundo” na disputa por essa nova fonte energética.
Zimbres apresentou um panorama da competição internacional, citando os subsídios de 60 bilhões de dólares aprovados pelos Estados Unidos, a implementação de tecnologia e infraestrutura na China e no Japão, e os investimentos da Alemanha e da Airbus na área. Ele destacou a velocidade do desenvolvimento desse setor impulsionada por questões ambientais e geopolíticas.
O representante também ressaltou a importância de investimentos nacionais para garantir a competitividade do Brasil nesse mercado. Ele mencionou o anúncio de R$ 6 bilhões do BNDES destinados à pesquisa e tecnologia, bem como a busca por parcerias internacionais, como a visita da presidente do Bundesrat alemão em setembro.
Na Câmara dos Deputados, o deputado Reimont (PT-RJ) liderou o debate sobre o tema, destacando o potencial de investimentos e a aprovação de projetos como o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono. A proposta, que visa incentivar o setor com R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, aguarda análise do Senado.
Dessa forma, a discussão sobre o hidrogênio verde ganha destaque no cenário nacional e internacional, com a necessidade de ações concretas e investimentos para garantir a participação do Brasil nesse mercado competitivo.