Durante o evento, a cantora e compositora Daniela Mercury também destacou a resistência e a importância do axé como um movimento cultural. Ela enfatizou que o surgimento do gênero, logo após o fim da ditadura militar na década de 1980, representou a voz de um povo em busca de expressão. Daniela mencionou a influência dos blocos afro de Salvador, especialmente o Olodum, na criação desse novo estilo musical.
O jornalista Hagamenon Brito, presente na audiência, relembrou a origem do termo “axé”, que provém do Iorubá e significa a força emanada de tudo que é vivo. Ele explicou como a fusão de ritmos africanos com reggae, samba e rock resultou na criação da axé music, que recebeu esse nome em 1987, após o lançamento da música “Fricote”, de Luiz Caldas.
Ao longo dos anos, a axé music conquistou uma audiência global, sendo tocada e apreciada em diversos lugares do mundo. Segundo o empresário e produtor cultural Mano Góes, essa influência pode ser comprovada pela presença de músicas do gênero entre as mais tocadas em shows no Brasil.
A deputada Lídice da Mata propôs a instituição do Dia Nacional da Axé Music, em 17 de fevereiro, como forma de celebrar o legado e a importância desse movimento cultural. A proposta foi elogiada pelo cantor Carlinhos Brown, que ressaltou a relevância do axé na cultura brasileira e a necessidade de reconhecer e celebrar essa manifestação artística.