A representante da ONU no Brasil, Silvia Rucks, enfatizou a importância da participação das mulheres na política como um direito humano fundamental. Ela também alertou para a violência política como um fator determinante para a sub-representação feminina nesses espaços, mencionando que mais de 80% das mulheres no parlamento já sofreram violência relacionada à sua atuação política.
No contexto brasileiro, a senadora Soraya Thronicke ressaltou as dificuldades enfrentadas no país em relação às cotas para mulheres na política. Ela compartilhou sua própria experiência de falta de autonomia e medo devido a situações de violência política vivenciadas durante sua candidatura à presidência em 2022.
Além disso, foram apresentados exemplos de avanços em outros países, como o México, que estabeleceu cotas para candidaturas de mulheres e punição para partidos que não cumprissem os percentuais mínimos. Nos Estados Unidos, o número recorde de congressistas mulheres reflete um avanço histórico na representação. Na Itália, medidas que promovem o equilíbrio entre vida doméstica e trabalho foram fundamentais para o aumento da representatividade feminina.
Esses debates ressaltam a importância de políticas efetivas que promovam a igualdade de gênero na política e estimulem a participação e representatividade das mulheres em todos os níveis de decisão. A luta por mais inclusão e oportunidades para as mulheres na política continua sendo um desafio global, mas os exemplos de avanços apresentados indicam caminhos possíveis para a superação dessas barreiras.