A pesquisadora Tamires Capello, especialista em direito médico, hospitalar e saúde, expôs que apesar desses remédios serem classificados com tarja vermelha e exigirem prescrição médica, estão sendo vendidos sem receita em diversos estabelecimentos, incluindo farmácias de manipulação e pela internet. Ela destacou um crescimento alarmante de 663% nas vendas em seis anos, evidenciando a necessidade de um maior controle na comercialização desses medicamentos.
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) assegurou a segurança do medicamento, enfatizando a importância de seu uso racional e adequado. Já o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos defendeu a apresentação de receita médica para a compra de medicamentos com tarja vermelha.
Houve também a defesa da retenção da receita médica no ato da compra, com o argumento de que o uso desses medicamentos é contínuo e crônico, exigindo um acompanhamento médico adequado. O deputado Dr. Francisco, relator do projeto de lei PL 2115/24, que propõe a exigência de prescrição médica e retenção da receita para a venda desses medicamentos, ressaltou a importância do debate na Comissão de Saúde para embasar seu relatório.
Diante dos alertas sobre os riscos da automedicação e da necessidade de um controle mais rigoroso na comercialização desses medicamentos, a discussão na Comissão de Saúde buscou ampliar o conhecimento sobre o assunto e embasar futuras decisões legislativas a respeito do tema.