CAMARA DOS DEPUTADOS – Aumento alarmante de transtornos alimentares em adolescentes e jovens é debatido na Câmara dos Deputados, especialistas alertam para impacto das redes sociais.



No dia 11 de julho de 2024, especialistas da área de saúde se reuniram na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados para discutir o preocupante aumento de casos de transtornos alimentares, especialmente entre adolescentes e jovens. De acordo com uma pesquisa realizada em 16 países, incluindo o Brasil, um em cada cinco jovens de 6 a 18 anos apresenta algum tipo de transtorno alimentar, chegando a um terço no caso das mulheres.

Os transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, são condições psiquiátricas que se caracterizam por alterações persistentes nos hábitos alimentares e comportamentos relacionados à comida. O coordenador do programa de transtornos alimentares do Hospital da Universidade de São Paulo (USP), Táki Cordás, alertou que no Brasil estima-se que 15 milhões de pessoas sofrem com algum distúrbio alimentar, sendo 1% da população afetada pela anorexia nervosa.

Durante a audiência pública, Cordás destacou a gravidade desses transtornos, revelando que pacientes com anorexia nervosa podem apresentar taxas de mortalidade de até 20%. Já a bulimia nervosa, que atinge 1,5% da população, é menos facilmente detectada, pois não gera alterações visíveis no corpo, sendo a compulsão alimentar o sintoma mais evidente.

Além disso, a psiquiatra Maria Amália Pedrosa, da Comissão de Transtornos Alimentares da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ressaltou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessas doenças. No entanto, ela alertou para os erros de diagnóstico entre os médicos, destacando a falta de conhecimento e preparo dos profissionais da saúde no tratamento dos transtornos alimentares.

Diante desse cenário preocupante, a nutricionista Gabriela Fernandes e a assessora do Ministério da Saúde, Márcia Oliveira, ressaltaram a necessidade de uma abordagem integrada e o fortalecimento da rede de atenção psicossocial para o tratamento desses transtornos. A deputada Rosangela Moro (União-SP) enfatizou a importância da capacitação de profissionais da saúde e a colaboração de toda a sociedade para enfrentar o impacto dos transtornos alimentares.

Com um tema tão complexo e urgente, é fundamental que mais ações e debates sejam realizados para encontrar soluções eficazes e garantir o bem-estar e a saúde de todos os indivíduos afetados por essas doenças. A conscientização e a colaboração de todos os setores da sociedade são essenciais para combater os transtornos alimentares e promover uma vida saudável e equilibrada para todos.

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