Considerada a maior empresa de saneamento da América Latina, a Sabesp atende atualmente cerca de 28,4 milhões de pessoas com abastecimento de água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos. Em 2022, a companhia registrou um lucro 35,4% maior em relação ao ano anterior, o que demonstra sua capacidade de investimento e busca pelo cumprimento das metas de universalização estabelecidas no Marco Legal do Saneamento.
No entanto, o deputado Boulos critica o governo do estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista por promoverem alterações na estrutura administrativa e financeira da Sabesp, o que teria acarretado na perda de autonomia do município no sistema e em um prejuízo de R$ 650 milhões por ano para investimentos em urbanização e saneamento de periferias.
Durante a audiência, diversos convidados foram ouvidos para discutir os possíveis impactos da privatização da Sabesp. Entre os participantes estavam representantes de movimentos sociais, especialistas em saneamento básico e integrantes do governo. Cada um apresentou sua visão sobre o tema e foi possível observar diferentes perspectivas e opiniões.
Enquanto alguns defendem a privatização como uma forma de atrair investimentos e melhorar a eficiência do serviço, outros criticam a medida por considerarem que o acesso à água e ao saneamento básico deve ser um direito garantido pelo Estado.
Após a audiência, o assunto continua em debate e a decisão final sobre a privatização da Sabesp ainda será tomada. Enquanto isso, é essencial que sejam realizadas discussões amplas e transparentes, levando em consideração os diferentes interesses envolvidos e buscando soluções que garantam o acesso universal aos serviços de saneamento básico para toda a população. Afinal, a qualidade de vida e a saúde das pessoas dependem diretamente de um sistema eficiente e acessível de abastecimento de água e coleta de esgotos.