CAMARA DOS DEPUTADOS – Audiência pública discutirá impactos da privatização da Sabesp, maior empresa de saneamento da América Latina



No último dia 18, a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir os impactos da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2024. O requerimento para a realização da audiência foi apresentado pelo deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), que ressaltou a importância da empresa para a população.

Considerada a maior empresa de saneamento da América Latina, a Sabesp atende atualmente cerca de 28,4 milhões de pessoas com abastecimento de água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos. Em 2022, a companhia registrou um lucro 35,4% maior em relação ao ano anterior, o que demonstra sua capacidade de investimento e busca pelo cumprimento das metas de universalização estabelecidas no Marco Legal do Saneamento.

No entanto, o deputado Boulos critica o governo do estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista por promoverem alterações na estrutura administrativa e financeira da Sabesp, o que teria acarretado na perda de autonomia do município no sistema e em um prejuízo de R$ 650 milhões por ano para investimentos em urbanização e saneamento de periferias.

Durante a audiência, diversos convidados foram ouvidos para discutir os possíveis impactos da privatização da Sabesp. Entre os participantes estavam representantes de movimentos sociais, especialistas em saneamento básico e integrantes do governo. Cada um apresentou sua visão sobre o tema e foi possível observar diferentes perspectivas e opiniões.

Enquanto alguns defendem a privatização como uma forma de atrair investimentos e melhorar a eficiência do serviço, outros criticam a medida por considerarem que o acesso à água e ao saneamento básico deve ser um direito garantido pelo Estado.

Após a audiência, o assunto continua em debate e a decisão final sobre a privatização da Sabesp ainda será tomada. Enquanto isso, é essencial que sejam realizadas discussões amplas e transparentes, levando em consideração os diferentes interesses envolvidos e buscando soluções que garantam o acesso universal aos serviços de saneamento básico para toda a população. Afinal, a qualidade de vida e a saúde das pessoas dependem diretamente de um sistema eficiente e acessível de abastecimento de água e coleta de esgotos.

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