Audiência Pública Debate Racismo Ambiental e Justiça Climática na Câmara dos Deputados
Na próxima terça-feira, 19 de agosto, as comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados realizarão uma audiência pública conjunta para discutir questões relacionadas ao racismo ambiental e à justiça climática. O evento será iniciado às 10 horas, no plenário 2, e foi proposto pelo deputado Nilto Tatto, do PT de São Paulo.
O parlamentar ressalta a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá em novembro deste ano em Belém, no Pará. Tatto acredita que esse evento internacional será crucial para a formulação de estratégias que visem enfrentar as consequências das mudanças climáticas em todo o mundo, especialmente em contextos vulneráveis.
A preocupação com a questão ambiental, conforme enfatizado pelo deputado, deve ir além da conservação tradicional e integrar a luta das organizações da sociedade civil brasileira contra o racismo ambiental. Ele menciona a atuação da Coalizão Negra por Direitos, composta por cerca de 290 organizações, que tem se esforçado para dar visibilidade à relação entre as mudanças climáticas e as comunidades negras, historicamente marginalizadas e mais afetadas por eventos climáticos extremos.
Tatto destaca que a Conferência do Clima tem sido um espaço onde o movimento negro busca articular a sua luta, visando expor como os impactos das mudanças climáticas incidem desproporcionalmente sobre essas comunidades. “Nesse contexto, a COP 30 poderá servir como uma plataforma para a reivindicação de políticas que enfrentem a erradicação do racismo ambiental e garantam direitos fundamentais, como moradia, acesso à água potável, saneamento básico e proteção dos recursos naturais”, aponta.
Ao final, o deputado enfatiza que a participação ativa desses movimentos sociais é vital para assegurar que as discussões e decisões tomadas na COP 30 estejam alinhadas com a justiça climática. É crucial que as vozes das comunidades vulneráveis sejam ouvidas e reconhecidas nas agendas que tentam enfrentar a intersecção entre questões raciais e a crise ambiental global.