O projeto em questão visa alterar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) para evitar a adesão a acordos internacionais que restrinjam as exportações brasileiras, sob a alegação de falta de equidade nas políticas ambientais globais. Além disso, prevê a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais, com o objetivo de acompanhar as relações comerciais e ambientais do Brasil com outros países.
O deputado Tião Medeiros (PP-PR), autor da proposta, argumentou que a medida visa garantir que as ações de proteção ambiental adotadas pelo Brasil sejam reconhecidas como equivalentes às de outras nações, desde que atinjam objetivos ambientais semelhantes. Ele ressaltou a importância de evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas por políticas ambientais mais rígidas ou arbitrárias em comparação com outros mercados.
A declaração de Bompard gerou uma crise no setor agropecuário brasileiro, resultando até mesmo em boicotes aos supermercados do Carrefour. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, declarou apoio à decisão dos frigoríficos de não venderem carne à rede varejista. Após a repercussão negativa, Bompard enviou uma carta ao ministro reconhecendo a qualidade da carne brasileira e pedindo desculpas pela confusão causada.
Diante dos danos causados ao setor agropecuário brasileiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, considerou o pedido de desculpas do CEO do Carrefour como insuficiente e indicou a votação do PL da reciprocidade econômica. Com a urgência aprovada, o projeto poderá ser votado diretamente no plenário da Câmara, acelerando a discussão sobre o tema.