CAMARA DOS DEPUTADOS – Anvisa aguarda plano de monitoramento de longo prazo para registro de medicamento Elevidys para distrofia muscular de Duchenne.



No último dia 15 de outubro de 2024, ocorreu um importante debate na Câmara dos Deputados sobre o registro do medicamento Elevidys para o tratamento da distrofia muscular de Duchenne. A especialista em regulação da Anvisa, Renata Miranda, foi uma das vozes presentes no evento e afirmou que a conclusão do processo de registro depende exclusivamente da apresentação de um plano de monitoramento de longo prazo por parte da Roche, empresa responsável pela comercialização do remédio no Brasil.

Durante sua fala, Renata Miranda destacou que o Elevidys é uma terapia gênica inovadora, cujos efeitos a longo prazo ainda não são totalmente conhecidos devido à novidade da tecnologia. Por isso, a importância de um monitoramento cuidadoso dos pacientes tratados, para garantir a eficácia e segurança do medicamento.

A terapia gênica do Elevidys consiste em utilizar partes de um adenovírus para introduzir o gene ausente nos pacientes com distrofia de Duchenne, resultando na interrupção da evolução da doença mas não na sua cura, como explicou a especialista. É importante ressaltar que, nos Estados Unidos, onde o medicamento já foi registrado para uso comercial, foi aplicado em um número limitado de crianças, o que torna difícil prever sua eficácia a longo prazo.

O neuropediatra Luis Fernando Grossklauss também expressou sua opinião positiva em relação ao Elevidys, ressaltando seus benefícios no controle da doença. No entanto, ele ressaltou que ainda não é possível afirmar quanto tempo a terapia manterá sua eficácia, sendo necessários estudos mais detalhados para essa avaliação.

Um dos depoimentos mais emocionantes foi o do pai de um paciente tratado com Elevidys, que relatou melhorias significativas na saúde de seu filho após o uso do medicamento. Ele destacou que, apesar de alguns efeitos colaterais leves, como febre e enjoo, o resultado geral foi bastante positivo.

Diante desse cenário, o deputado Max Lemos anunciou que irá solicitar à Roche um prazo para que a empresa responda às exigências da Anvisa em relação ao plano de monitoramento dos pacientes tratados com Elevidys. A audiência pública, promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, foi fundamental para discutir os desafios e perspectivas dessa nova terapia no Brasil.

Portanto, a discussão sobre o Elevidys e seu impacto no tratamento da distrofia muscular de Duchenne continua em pauta, com a necessidade de garantir a segurança e eficácia desse medicamento inovador para os pacientes que dependem dele.

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