Durante seu discurso, a deputada ressaltou a importância da comissão no combate às desigualdades de gênero, enfatizando a questão da divisão sexual do trabalho como um dos principais desafios a serem enfrentados. Ana Pimentel destacou a sobrecarga das mulheres com dupla jornada, que acaba por limitar sua participação em outras esferas da sociedade, como o mercado de trabalho e a política.
A presidente eleita também pontuou a necessidade de aumentar a representatividade feminina nos espaços de poder e decisão, além de buscar promover maior equidade no mercado de trabalho. Ela lamentou que, mesmo sendo a maioria da população, as mulheres ocupam apenas 17% das cadeiras na Câmara dos Deputados, mostrando a disparidade existente no cenário político atual.
Outro ponto abordado por Ana Pimentel foi a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil, ressaltando que as mulheres, principalmente as negras, recebem salários significativamente menores do que os homens brancos, mesmo desempenhando as mesmas funções. A deputada substitui Lêda Borges, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) por Goiás, na presidência da comissão.
Formada em Medicina, com mestrado e doutorado em saúde pública, Ana Pimentel é professora da Universidade Federal de São João del Rei e atua como pesquisadora na área da saúde coletiva. Em seu primeiro mandato como deputada federal, ela já preside a Frente Parlamentar Mista do Sistema Único de Saúde (SUS) e integra outras frentes parlamentares importantes, como a de Defesa da Vacina e a da Educação.
Criada em 2016, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher tem como atribuições receber, avaliar e investigar denúncias relacionadas à violação dos direitos das mulheres, especialmente aquelas vítimas de violência doméstica. Além disso, a comissão fiscaliza programas governamentais voltados para a proteção dos direitos femininos, bem como incentiva e monitora a implementação de programas de apoio às mulheres em diferentes situações de vulnerabilidade.