CAMARA DOS DEPUTADOS – A CCJ aprovou projeto para repassar aparelhos eletrônicos apreendidos a escolas públicas, visando contribuir com o ensino de alunos.


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (30/08), um projeto de lei que destina à rede pública de ensino os computadores, tablets e celulares apreendidos em presídios ou confiscados após a condenação penal definitiva. A proposta, que agora tramita em caráter conclusivo para o Senado, a menos que haja recurso para análise no Plenário da Câmara, foi relatada pelo deputado Bacelar (PV-BA) e recebeu a aprovação do substitutivo da Comissão de Educação para o Projeto de Lei 1906/21, de autoria do deputado licenciado Eduardo Bismarck (CE), e apensados. Essa mesma versão já havia recebido o aval da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

O substitutivo, que modifica o Código Penal, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal, estabelece o uso desses equipamentos no desenvolvimento educacional e prioriza a distribuição para estudantes em situação de vulnerabilidade social. Segundo o relator, o acesso à tecnologia é cada vez mais importante para os jovens, e essa medida contribuirá para reduzir a desigualdade de oportunidades.

De acordo com o texto aprovado, antes de serem destinados às escolas, os aparelhos passarão por triagem para identificar os que estão em bom funcionamento e aqueles que precisem de reparos. Caso necessário, os custos dos reparos serão custeados com recursos oriundos de condenações e prestação pecuniária. Dessa forma, busca-se garantir que os dispositivos cheguem em condições adequadas para utilização pelos alunos.

A iniciativa tem o objetivo de aproveitar os recursos apreendidos em operações policiais e utilizá-los de forma educacional, promovendo a inclusão digital e ampliando o acesso à tecnologia nas escolas públicas. Com a crescente digitalização, é fundamental que os estudantes estejam preparados para lidar com as novas demandas e desafios do mundo moderno.

Além disso, a proposta também contribui para a destinação adequada dos aparelhos eletrônicos apreendidos ou confiscados, evitando o acúmulo desnecessário e reduzindo os gastos públicos com o armazenamento e a manutenção desses dispositivos.

Agora, o projeto segue para análise no Senado, onde passará por novas deliberações e poderá sofrer alterações no texto. A expectativa é de que a medida seja aprovada rapidamente, visando beneficiar o maior número possível de estudantes e promovendo a inclusão digital como um meio para a redução das desigualdades sociais.

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