Câmara aprova urgência para projeto de lei de emendas parlamentares ao Orçamento da União em votação acirrada.



A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, por ampla maioria, um requerimento de urgência para acelerar a tramitação de um projeto de lei que propõe novas regras para o uso de emendas parlamentares no Orçamento da União. Com 360 votos a favor e apenas 60 contra, a decisão foi tomada em meio a um cenário de pressão e negociações entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Após a aprovação do requerimento de urgência, o plenário da Câmara iniciou imediatamente a votação do texto, que agora segue para apreciação no Senado. A proposta foi apresentada pelo deputado Rubens Pereira Jr., do PT do Maranhão, e tem como relator o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, da Bahia.

O principal objetivo dos parlamentares é convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) a liberar a execução das emendas parlamentares, cujo repasse está suspenso desde agosto. A decisão que levou a essa suspensão foi tomada pelo ministro Flávio Dino, do STF, que exigiu mais transparência e rastreabilidade nos recursos destinados aos municípios. Essa medida gerou um impasse entre os Poderes e desde então têm sido realizadas diversas negociações para encontrar uma saída para a situação.

O relator do projeto apresentou seu parecer na noite desta terça-feira, incluindo algumas modificações em relação ao texto inicial proposto pelo deputado petista. Uma das alterações mais significativas foi a inclusão de um dispositivo que impede a criação de “impedimentos técnicos” para a execução das emendas parlamentares que não sejam aplicados também aos recursos em posse do Executivo.

Dessa forma, a discussão sobre as novas regras para o uso das emendas parlamentares segue no Congresso Nacional, com a expectativa de que as negociações com o STF possam ser concluídas de forma satisfatória para todas as partes envolvidas. A transparência e a eficiência na destinação dos recursos públicos continuam sendo temas centrais nesse debate em busca de um equilíbrio entre os Poderes e uma melhor gestão orçamentária para o país.

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