Câmara Analisa Projeto para Renomear Juiz Leigo como Juiz de Instrução



A Câmara dos Deputados está atualmente analisando o Projeto de Lei 1104/24, que propõe modificar a denominação do cargo de juiz leigo para juiz de instrução. A proposta, apresentada pelo deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), visa corrigir o que ele descreve como uma conotação pejorativa do termo “juiz leigo”. Segundo Lindenmeyer, esses profissionais são advogados com notório saber jurídico que desempenham um papel fundamental ao auxiliar os juízes de carreira no julgamento de causas, sendo, portanto, injusto qualificá-los de maneira que sugira inferioridade ou falta de profissionalismo.

A legislação em questão busca alterar a Lei dos Juizados Especiais, a fim de adotar uma nomenclatura mais adequada e que melhor reflita as atribuições desses profissionais qualificados. Lindenmeyer defende que o termo “juiz de instrução” é mais neutro e apropriado, pois não carrega a conotação de falta de qualificação, mas sim destaca o seu papel significativo no processo judicial.

A proposta tem ainda outras etapas pela frente antes de se tornar lei. Inicialmente, será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Este rito de tramitação é eficaz, pois permite que o projeto seja votado exclusivamente nas comissões designadas, sem necessidade de passar pelo Plenário, a menos que haja divergência entre as comissões ou seja apresentado um recurso assinado por pelo menos 52 deputados pedindo a deliberação pelo Plenário.

Após aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto seguirá para o Senado, onde também precisará ser aprovado para que possa ser sancionado e entrar em vigor. A mudança proposta visa garantir que os profissionais que auxiliam no julgamento das causas sejam adequadamente reconhecidos e não subestimados pela denominação de seus cargos.

Essa discussão traz à tona a importância de termos que refletirem corretamente as funções e o valor dos profissionais envolvidos no sistema judicial, promovendo o respeito e reconhecimento merecidos. A mudança para “juiz de instrução” é vista como um passo relevante nessa direção, buscando aprimorar a nomenclatura empregada para transmiti-la mais precisamente o papel e a responsabilidade desempenhada por esses juristas.

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