A entrada do Uber no Brasil não diminuiu a demanda por aplicativos de táxi, concluiu estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgado nesta segunda-feira. “A entrada do aplicativo Uber no mercado brasileiro não influenciou de forma significativa o mercado de [aplicativos por] táxis nacional”, analisa o texto.
Para chegar a essa conclusão, o Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do órgão antitruste coletou dados das cidades em que o Uber atua no Brasil tanto antes da sua entrada quanto após a sua consolidação.
Esses dados foram contrastados com os obtidos com aplicativos de táxi. “Não podemos sequer assumir, até o presente momento, a hipótese de que os serviços prestados pelo aplicativo Uber estivessem no mesmo mercado relevante dos serviços prestados pelo 99taxis e Easy Taxi”, conclui o estudo.
A partir daí, o DEE ponderou que o Uber, na verdade, criou uma nova demanda. “As evidências observadas sugerem a criação de um novo mercado”, analisa. Além disso, no futuro, é possível que “a rivalidade entre os serviços de caronas pagas e de corridas de táxis cresça ao longo do tempo, fomentando a competição entres os agentes econômicos e possibilitando mais opções aos consumidores”.