A entrada da Indonésia, considerada a quarta nação mais populosa do mundo, traz uma nova dinâmica para o bloco. Com uma economia que ocupa a décima sexta posição em termos de PIB nominal, a Indonésia é um importante exportador de petróleo e gás natural, além de ser um grande fornecedor de produtos agrícolas como café, borracha e chá. Segundo previsões do Banco Mundial, a economia indonésia deve crescer anualmente em 5,1% nos próximos anos, o que indica que sua participação no BRICS poderá ser altamente benéfica tanto para o país quanto para o grupo como um todo.
O auge dessa expansão foi definido na cúpula de 2024 em Kazan, na Rússia, onde foram estabelecidos novos critérios para adesão e delineados planos para reforçar o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento do BRICS. A inclusão de novos países só irá aumentar a influência do bloco nas questões econômicas globais e poderá desempenhar um papel vital na desdolarização das economias que compõem o grupo.
Além da Indonésia, outros países estão se unindo ao BRICS como parceiros estratégicos. Na lista estão Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria. Cada uma dessas nações traz características únicas e recursos valiosos, que podem complementar e fortalecer as iniciativas do BRICS em diversas áreas, da segurança alimentar à tecnologia.
A inclusão de países como a Bolívia, com suas enormes reservas de lítio, e a Nigéria, a maior economia da África, evidencia a intenção do BRICS de se tornar um pilar mais sólido no xadrez geopolítico e econômico global. A expectativa é que essas novas afiliações aumentem o comércio entre os membros e fortifiquem as colaborações em questões críticas como energia, agricultura e desenvolvimento tecnológico, estabelecendo o BRICS como uma alternativa viável às tradicionais potências ocidentais.
Com essa nova configuração, o BRICS não apenas consolida sua relevância no cenário internacional, mas também se prepara para enfrentar desafios globais com uma frente mais unida e diversificada.