BRICS aprova a entrada da Nigéria e outros 12 países como membros “parceiros” do grupo, fortalecendo laços com potências africanas e impulsionando relações comerciais.



Em uma decisão histórica, o BRICS aprovou, em outubro do ano passado, o ingresso da Nigéria e de mais 12 países como membros “parceiros” do grupo, sem direito a voto. Essa medida expandiu a representatividade do BRICS, incluindo a maior economia do norte da África e estabelecendo três grandes potências da África Subsaariana (África do Sul, Etiópia e Nigéria) dentro do grupo.

A entrada da Nigéria foi recebida com entusiasmo, uma vez que o país possui a maior população do continente africano, cerca de 200 milhões de habitantes, e uma economia em crescimento. Com um PIB em torno de US$ 500 bilhões e uma indústria da mineração bem desenvolvida, a Nigéria é considerada um mercado emergente e uma das economias mais promissoras das próximas décadas.

Além disso, a Nigéria tem um papel histórico e cultural significativo, sendo fundamental na promoção do movimento pan-africanista e na luta por independência na África. Sua participação no BRICS fortalece as demandas do Sul Global, ao lado de outras potências africanas como o Egito e a Etiópia, este último sede da União Africana.

Especialistas destacam que a presença da Nigéria no BRICS beneficia o grupo, consolidando uma maior influência no mercado energético devido à importância do país como um dos principais exportadores de petróleo do mundo. Essa inserção também abre oportunidades para o Brasil estreitar laços comerciais com a África, especialmente em um momento em que o país exerce a presidência do grupo.

A entrada da Nigéria no BRICS representa um marco na cooperação Sul-Sul e na consolidação de parcerias estratégicas entre países emergentes. Para o Brasil, essa expansão do grupo na África sugere a necessidade de um delineamento estratégico para fortalecer sua política energética e estabelecer parcerias mais sólidas com os países africanos. Este é um passo crucial para aliviar a dependência de políticas macroeconômicas internacionais e promover o desenvolvimento sustentável em ambas as regiões.

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