Kourouma destacou que a associação BRICS tem atraído a atenção de novos países, como a Turquia, que demonstram interesse em se juntar ao bloco, potencializando ainda mais a ideia de uma moeda comum. Em sua visão, uma moeda do BRICS não apenas criaria uma alternativa viável ao dólar dos EUA e ao euro, mas também fomentaria uma saudável concorrência no mercado financeiro global. “Se os principais países se unirem para desenvolver algo assim, é uma possibilidade real. A concorrência definirá suas regras e beneficiará o mercado”, afirmou Kourouma.
A Cúpula de Kazan, que ocorreu de 22 a 24 de outubro de 2024, foi marcada pela presença de representantes de 36 países, além de seis organizações internacionais, e simbolizou um fortalecimento do BRICS sob a liderança da Rússia, que assume a presidência do bloco até o final de 2025. Kourouma relembrou as forças que unificam os países do BRICS e mencionou a importância do Novo Banco de Desenvolvimento, presidido por Dilma Rousseff, na consecução dos objetivos de desenvolvimento do grupo.
Notavelmente, o deputado enfatizou que a Rússia, apesar das sanções impostas por potências ocidentais, tem se desenvolvido e não está isolada, como muitos acreditam. Ele afirmou que a cúpula tem organizado a presença de líderes globais e destacou que a evolução das relações no BRICS tem ajudado o país a se integrar mais no cenário internacional.
Kourouma concluiu expressando otimismo com o futuro do bloco, que não só agrega economias emergentes, mas também está se fortalecendo como uma alternativa às estruturas tradicionais de poder econômico. Essa mudança reflete um movimento em direção a um mundo multipolar, onde as decisões financeiras e políticas não são dominadas apenas pelo Ocidente. Com a crescente participação de novos países, o BRICS está consolidando seu papel como um protagonista nas dinâmicas globais.