BRICS aposta em moeda comum para desafiar domínio do dólar e euro, revela deputado da Guiné durante cúpula em Kazan.

Na recente 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, surgiram discussões promissoras sobre uma moeda comum que poderia, no futuro, rivalizar diretamente com o dólar e o euro. Essa ideia foi enfatizada por Abdoulaye Kourouma, deputado guineano e membro da Assembleia Nacional do país, que acredita que a união dos países membros do BRICS pode não apenas estimular o desenvolvimento econômico, mas também possibilitar a criação de uma moeda única que poderia desafiar as atuais moedas de reserva globais.

Kourouma destacou que a associação BRICS tem atraído a atenção de novos países, como a Turquia, que demonstram interesse em se juntar ao bloco, potencializando ainda mais a ideia de uma moeda comum. Em sua visão, uma moeda do BRICS não apenas criaria uma alternativa viável ao dólar dos EUA e ao euro, mas também fomentaria uma saudável concorrência no mercado financeiro global. “Se os principais países se unirem para desenvolver algo assim, é uma possibilidade real. A concorrência definirá suas regras e beneficiará o mercado”, afirmou Kourouma.

A Cúpula de Kazan, que ocorreu de 22 a 24 de outubro de 2024, foi marcada pela presença de representantes de 36 países, além de seis organizações internacionais, e simbolizou um fortalecimento do BRICS sob a liderança da Rússia, que assume a presidência do bloco até o final de 2025. Kourouma relembrou as forças que unificam os países do BRICS e mencionou a importância do Novo Banco de Desenvolvimento, presidido por Dilma Rousseff, na consecução dos objetivos de desenvolvimento do grupo.

Notavelmente, o deputado enfatizou que a Rússia, apesar das sanções impostas por potências ocidentais, tem se desenvolvido e não está isolada, como muitos acreditam. Ele afirmou que a cúpula tem organizado a presença de líderes globais e destacou que a evolução das relações no BRICS tem ajudado o país a se integrar mais no cenário internacional.

Kourouma concluiu expressando otimismo com o futuro do bloco, que não só agrega economias emergentes, mas também está se fortalecendo como uma alternativa às estruturas tradicionais de poder econômico. Essa mudança reflete um movimento em direção a um mundo multipolar, onde as decisões financeiras e políticas não são dominadas apenas pelo Ocidente. Com a crescente participação de novos países, o BRICS está consolidando seu papel como um protagonista nas dinâmicas globais.

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