Durante o período de seca, a média de consumo aumenta, podendo chegar a 154 litros por dia por pessoa. Apesar disso, a Caesb descarta a possibilidade de racionamento de água, mesmo diante da longa estiagem que já dura mais de 140 dias. A empresa afirma que o abastecimento de água potável está normal em todo o Distrito Federal.
A professora Beatriz Barcelos, da Universidade Católica de Brasília, avalia que o consumo de água na capital federal já foi ainda mais alto nos anos que antecederam a crise hídrica de 2017. Ela ressalta a importância de utilizar os recursos de forma racional, independentemente do nível dos reservatórios, que atualmente estão em 45,5% do volume útil em Santa Maria e 77% no Descoberto.
A Caesb, por sua vez, pede que a população adote medidas para controlar o consumo de água, como a instalação de caixas d’água próprias, evitando o desperdício e o uso de água potável em atividades que não requerem esse tipo de recurso.
Para a professora Barcelos, é necessária uma ação conjunta do Executivo local e da população, com a implementação de políticas públicas, campanhas educativas e investimentos em infraestrutura para evitar crises hídricas. Ela também destaca a importância do reuso de água cinza e a adoção de equipamentos mais eficientes em termos de consumo de água.
É válido lembrar que o Distrito Federal enfrentou uma crise hídrica em 2017, que levou à necessidade de racionamento de água. Somente em 2018 a medida foi suspensa, após a superação da crise. Atualmente, a conscientização e o uso racional da água são fundamentais para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos na região.