Vale ressaltar que a Indonésia é conhecida por suas severas leis antidrogas, que incluem penalidades extremas para crimes relacionados a entorpecentes. O país possui uma das legislações mais rigorosas do mundo, e a pena de morte é uma possibilidade real para traficantes, o que torna a situação do brasileiro ainda mais delicada. Durante a coletiva, o acusado foi visto com a cabeça baixa, evidenciando o peso da situação em que se encontra.
Ainda no mesmo dia em que o brasileiro foi detido, uma sul-africana também foi presa ao tentar entrar em Bali com quase 1 quilo de metanfetamina oculto sob suas roupas. Assim como o brasileiro, ela confessou estar envolvida no tráfico de drogas, o que reforça a preocupação das autoridades locais com as tentativas de contrabando que ocorrem na ilha.
A Indonésia frequentemente se vê diante de casos envolvendo estrangeiros acusados de tráfico de drogas. Em março deste ano, uma argentina foi condenada a sete anos de prisão após ser flagrada escondendo cocaína em seu corpo, e um britânico, que estava preparado para receber uma remessa de drogas, recebeu uma pena de cinco anos e meio. Historicamente, a situação se agravou em 2015, quando dois brasileiros, Marco Archer e Rodrigo Gularte, foram executados por tráfico. Apesar de a execução de penas de morte estar suspensa desde 2016, um número significativo de prisioneiros ainda aguarda no corredor da morte, o que denuncia a gravidade e a complexidade do combate ao tráfico de drogas na Indonésia.