Brasileira acusada de aplicar golpe milionário nos EUA como falsa advogada de imigração é procurada pelo FBI



A brasileira Patrícia Lélis, foragida da Justiça americana, é acusada de enganar clientes ao se passar falsamente por advogada de imigração nos Estados Unidos, segundo indica a acusação feita pelo Departamento de Justiça dos EUA. De acordo com a investigação, Lelis estaria utilizando nomes falsos no esquema, e o paradeiro atual da brasileira é desconhecido.

De acordo com as informações divulgadas, a fraude envolveu a criação da falsa identidade de “Jeffrey Willardsen”, suposto funcionário de uma empresa de investimento imobiliário do Texas, bem como o uso do nome falso “Nicole Stone” por um colega da brasileira que seguia suas orientações. Também teria sido utilizado sem autorização a assinatura de um advogado e tabelião no golpe.

A investigação aponta que as vítimas teriam buscado a ajuda de Patrícia Lélis para obter residência legal permanente para seus pais nos EUA, com a promessa de obtenção de vistos de classificação E-2 e EB-5. Dois depósitos de US$ 135 mil foram feitos pelas vítimas, com a alegação de que o dinheiro seria enviado para uma empresa do Texas que se qualificava no programa de vistos. No entanto, os valores foram para a conta bancária da brasileira e foram utilizados para o pagamento de uma casa, reforma de banheiros e outras despesas.

Além disso, Lélis é acusada de fornecer um número de processo falso mostrando-a como advogada do litígio, mesmo não sendo uma advogada licenciada. Ela também teria falsificado formulários de imigração dos EUA, forjado múltiplas assinaturas e criado recibos falsos do projeto de investimento do Texas, enviando esses documentos por e-mail para uma vítima.

Outras identidades inventadas por Lélis para convencer as vítimas incluem “Nicole Stone” e “Jeffrey Willardsen”, supostos funcionários da empresa texana que supostamente receberia os investimentos. Amigos da brasileira teriam ajudado a convencer as vítimas em ligações telefônicas e videochamadas.

Um segundo caso envolvendo outra vítima, identificada como Indivíduo C, também é apontado na investigação, onde a brasileira teria prometido regularizar a situação de um funcionário estrangeiro em troca de um depósito de cerca de US$ 28 mil. Documentos relacionados ao procedimento de obtenção de visto teriam sido falsificados com os nomes dos clientes da brasileira, assim como recibos falsos garantindo que os depósitos foram feitos corretamente.

A pena máxima prevista, se Lélis for condenada, é de 20 anos de prisão por envolvimento em fraude eletrônica, no máximo 10 anos por transações monetárias ilegais e um mínimo obrigatório de dois anos adicionais de prisão por roubo de identidade agravado, alerta o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O caso está em andamento e as autoridades norte-americanas continuam buscando pela brasileira foragida.

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