Brasil terá nova taxa de desocupação na próxima quinta, com reponderação da Pnad Contínua baseando-se no Censo 2022; ajustes podem alterar dados passados.

Na próxima quinta-feira, dia 31, o Brasil receberá novos dados sobre a taxa de desocupação referente ao trimestre encerrado em junho. A revelação será feita por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, uma importante iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos aspectos mais aguardados dessa divulgação será a reponderação dos dados, que utiliza informações obtidas no último Censo de 2022, levando a ajustes significativos nas estatísticas anteriores.

Esse processo é vital, pois o perfil populacional obtido pelos recenseadores será integrado à amostra representativa das residências que os pesquisadores visitam. Por conta disso, é esperado que as taxas de desemprego previamente divulgadas sejam revisadas. A série histórica da Pnad, que começou em 2012, sofrerá alterações, refletindo essas novas bases de dados.

A reponderação da pesquisa não é um procedimento isolado; trata-se de uma prática recorrente do IBGE, que sempre atualiza os parâmetros demográficos de suas pesquisas amostrais após a conclusão dos censos decenais. O Censo de 2022, por exemplo, indica que a população brasileira em 2024 é projetada em 212,6 milhões, enquanto a Pnad previa mais de 216 milhões, evidenciando a necessidade de ajustes.

A cada trimestre, o IBGE visita 211 mil domicílios distribuídos entre 3,5 mil municípios, englobando todas as unidades da federação e o Distrito Federal. A Pnad, ao contrário de outras pesquisas como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), abrange todas as formas de trabalho, incluindo emprego com ou sem carteira assinada, e informalidade. A taxa de desocupação considera apenas aqueles que realmente buscam emprego.

A expectativa é que as mudanças na série histórica sejam mais sutis que significativas. Nos ajustes anteriores, o IBGE observou que as alterações nos indicadores proporcionais foram mínimas, embora números absolutos tenham visto algumas alterações. A taxa de desemprego mais recente, divulgada em junho, apontou uma queda para 6,2%, a menor desde o início da série em 2012. Essa análise contínua e os ajustes periódicos são fundamentais para uma compreensão mais precisa do mercado de trabalho brasileiro.

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