Brasil se prepara para relação pragmática com Trump; Haddad destaca tensão pós-eleição nos EUA.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou repetidamente sua “preferência” pela vitória da vice-presidente Kamala Harris para fortalecer as relações entre o Brasil e os Estados Unidos. No entanto, o assessor especial Celso Amorim revelou ao jornal O Globo que o governo federal adotará uma abordagem “pragmática” com o republicano Donald Trump, que em breve assumirá a presidência americana.

Amorim ressaltou que durante as campanhas eleitorais é comum ocorrerem ataques mútuos, mas após a conquista de um novo mandato, a expectativa é que Trump adote uma postura mais diplomática em relação ao governo de Lula. Enquanto a contagem dos votos nos Estados Unidos estava em andamento, o deputado federal e filho do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, acompanhou o processo na residência do republicano na Flórida. Apesar dessa proximidade, Amorim duvida que o movimento político de Bolsonaro seja fortalecido no Brasil.

O ex-chanceler enfatizou que a economia brasileira está em processo de fortalecimento e que Lula está conduzindo sua liderança de forma a evitar radicalizações com os adversários. Além disso, afirmou que o ex-presidente está aberto ao diálogo e que ainda é cedo para saber se haverá alguma conversa entre os líderes antes da posse.

Amorim comparou a situação atual com a relação do Brasil com o ex-presidente George W. Bush, destacando que o país conseguiu manter boas relações mesmo após críticas contundentes ao governo americano. Lula, por sua vez, parabenizou Trump pela vitória eleitoral e enfatizou a importância do diálogo e da cooperação internacional para promover a paz e o desenvolvimento.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, observou que o dia seguinte à vitória de Trump trouxe uma atmosfera mais tensa, mas destacou que o discurso de vitória do presidente eleito foi mais moderado em comparação com sua retórica de campanha. Haddad ressaltou a importância de cuidar da economia brasileira diante dos possíveis impactos do cenário externo, especialmente nas economias emergentes e endividadas.

Em meio a essas análises, fica claro que o Brasil está atento e se preparando para lidar com as mudanças que a futura presidência de Donald Trump pode trazer para as relações bilaterais e para a economia global. O diálogo e a prudência parecem ser as diretrizes que nortearão a postura do governo brasileiro diante dessas novas circunstâncias geopolíticas.

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