A presidência brasileira do BRICS em 2025 é vista como uma oportunidade crucial para o Brasil não apenas pautar discussões, mas também defender a ideologia de um BRICS que se oppose à hegemonia dos grandes poderes, especialmente em um cenário internacional cada vez mais polarizado. O Brasil, segundo especialistas, busca evitar ser rotulado como um movimento anti-Ocidente ou anti-EUA, ao mesmo tempo em que procura apresentar propostas práticas que incentivem a multipolaridade e a autonomia das nações envolvidas.
Um dos principais focos da presidência brasileira será a desdolarização do comércio internacional. Essa iniciativa visa criar alternativas ao uso do dólar, oferecendo uma proteção às economias nacionais contra a volatilidade da moeda americana. Especialistas destacam que a intenção não é eliminar o dólar completamente, mas sim proporcionar opções que possam garantir maior previsibilidade nas trocas comerciais entre as nações do BRICS. Essa proposta, conforme uma análise mais profunda, se mostra imprescindível em tempos de instabilidade econômica global.
À medida que o BRICS se expande e recebe novos parceiros, os desafios e as oportunidades aumentam. Existe uma expectativa de que, com o fortalecimento das trocas comerciais, surjam também novas maneiras de transacionar, incluindo a criação de títulos emitidos em moedas locais e até mesmo a adoção de moedas digitais. Essa transformação poderia não apenas facilitar as relações comerciais, mas também criar um ambiente de maior confiança entre os países membros, baseado em um sistema onde a aceitação mútua é fundamental.
Dessa forma, o Brasil, ao assumir a presidência do BRICS, se vê em um papel inédito. É um momento que exige não apenas estratégias diplomáticas afetas, mas também uma visão clara sobre o futuro das relações comerciais e econômicas em um cenário global que busca incessantemente novas formas de interação, longe da dependência de qualquer moeda única. Neste sentido, o ano de 2025 pode se revelar primordial para a redefinição das dinâmicas econômicas globais, favorecendo um multilateralismo autêntico e benéfico para as nações em desenvolvimento.