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Brasil se prepara para enfrentar retaliações de Trump em meio a nova política de tarifas e OEA nas relações com a América Latina.

O cenário político da América Latina enfrenta uma nova dinâmica com a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, que promete intensificar suas políticas protecionistas e intervencionistas. Trump, que já sinalizou a intenção de elevar tarifas e reforçar o controle político na região através da Organização dos Estados Americanos (OEA), levanta preocupações sobre as possíveis repercussões para os países latino-americanos, especialmente o Brasil. Especialistas alertam que é crucial para o Brasil desenvolver um robusto arsenal legal de retalição diante de possíveis ações de Trump, que já tem um histórico de confrontos comerciais.

A OEA, da qual os Estados Unidos arcam com a maior parte do financiamento, serviria como um mecanismo para Trump avançar sua agenda conservadora, com foco na contenção de regimes considerados hostis, como os de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Essa estratégia sugere um retorno a uma política de controle mais agressiva na região, o que poderá aprofundar a polarização política em um contexto onde muitos países governados por forças de esquerda ou centro-esquerda estão já em desacordo com as estratégias americanas.

A acadêmica Regiane Bressan, especializada em Relações Internacionais, alerta para o potencial das ações de Trump acirrarem a polarização regional. A desconfiança em relação à OEA, que é percebida como um instrumento da política externa dos EUA, reduz a sua eficácia como plataforma de resolução de conflitos ou mediação entre os países da América Latina. A falta de credibilidade da organização, que já enfrentou críticas por suas posturas passadas, como a exclusão de Cuba e a controvérsia em torno das eleições na Bolívia, compromete sua legitimidade.

O Brasil, tradicionalmente, tem buscado fortalecer organizações regionais como o Mercosul e a CELAC, priorizando uma integração que beneficie os interesses sul-americanos. Especialistas sugerem que o país deve preparar uma legislação de defesa que mitigue impactos de tarifas ou barreiras impostos pelos EUA e se posicionar para responder de forma adequada a eventuais sanções, mantendo um diagnóstico mais realista sobre as ameaças que se avizinham.

Além disso, Trump já indicou que pretende tomar medidas severas contra países que não utilizem o dólar em suas transações, um assunto que se torna cada vez mais delicado na política econômica atraente de um Brasil engajado nos blocos BRICS e Mercosul. Neste novo ambiente, a capacidade do Brasil de navegar essa relação complexa e potencialmente conflituosa com o governo Trump será um fator determinante para sua política externa nos próximos anos.

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