A resposta não tardou. Em comunicado publicado pela Embaixada dos EUA no Brasil, o Departamento de Estado americano criticou a ação brasileira, chamando-a de “antidemocrática”. A embaixada insinuou que a medida viola princípios fundamentais da liberdade de expressão e do acesso à informação, elementos que a nação considera cruciais em um estado democrático de direito. A declaração afirmou que limitar o acesso à informação e impor penalidades a empresas norte-americanas por não censurar indivíduos que residem nos EUA é uma afronta aos valores democráticos.
Diante disso, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou sua surpresa com as críticas americanas. O governo brasileiro destacou em nota oficial que rejeita qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e reafirma a importância da independência do Judiciário, conforme estipulado pela Constituição Federal de 1988. O Itamaraty também alegou que o Departamento de Estado “distorce” o significado das decisões do STF, que visam assegurar o cumprimento da legislação brasileira e a exigência de representantes legais para empresas que operam no país.
Além do bloqueio da Rumble, o STF já havia tomado medidas semelhantes em relação à plataforma no ano anterior, quando a empresa falhou em remover conteúdos sob ordens judiciais. No cerne dessa discussão, está a tensão entre a aplicação da lei em um país soberano e os interesses de uma empresa estrangeira, que desafia as normas locais em um ambiente de crescente polarização política e social. A situação evidencia desafios contemporâneos na arena da liberdade de expressão, controle de informação e o respeito à legislação nacional.