Brasil Registra Menor Número de Incêndios Florestais desde 2018, com 434.392 Hectares Queimados em Unidades de Conservação em 2025

Brasil Registra Queda Significativa em Incêndios Florestais em 2025

Neste ano, o Brasil apresentou uma redução notável nos incêndios florestais, alcançando o menor índice de queimadas em unidades de conservação desde 2018. De acordo com dados do Centro Especializado em Manejo Integrado do Fogo (CEMIF), apenas 434.392 hectares foram queimados neste período crítico, configurando o segundo menor volume de devastação já registrado. Em 2018, o número foi ligeiramente inferior, com 428.320 hectares.

Esse progresso é ainda mais significativo em um contexto onde o número de unidades de conservação monitoradas aumentou de 39 para 79 em comparação a 2018, permitindo uma avaliação mais abrangente e precisa da situação atual. Para João Morita, coordenador do CEMIF, esses dados refletem um amadurecimento nas práticas de gestão do fogo nas áreas protegidas do Brasil. Ele acredita que a ampliação da supervisão permitiu a coleta de estatísticas mais confiáveis, possibilitando uma análise aprimorada dos fenômenos de queimadas.

O CEMIF, sob a coordenação de Morita, destaca a implementação de novas estratégias de governança para o manejo do fogo, como os Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIFs). Além disso, os esforços contínuos em capacitação e treinamento de equipes têm sido fundamentais para a redução da área queimada. Morita enfatiza a importância de compartilhar experiências entre as equipes que atuam nas unidades de conservação, o que tem contribuído significativamente para a eficiência no combate aos incêndios.

Analisando os dados mais detalhadamente, o bioma do Cerrado foi o mais afetado, representando cerca de 95% da área total queimada. Isso equivale a cerca de 414.260 hectares. A seguir, aparecem a Amazônia, com 9.749 hectares queimados (aproximadamente 2,2% do total), e a Mata Atlântica, que registrou 9.358 hectares. Por outro lado, a soma das áreas da Caatinga e do Pampa não ultrapassou mil hectares, evidenciando uma variação geográfica significativa nas queimadas.

Os números ainda poderão passar por ajustes, mas, segundo o CEMIF, não deverão superar os 568.000 hectares registrados em 2013, que foi até então o segundo maior patamar da série histórica. Esse cenário positivo traz esperança de que, com a continuidade das estratégias de prevenção e monitoramento, o Brasil consiga manter os índices de queimadas em níveis cada vez mais baixos nos próximos anos.

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