O motivo mais comum para a solicitação de abrigo no país foi a reunião familiar, com 16.567 pedidos, seguido por trabalho e investimentos, com 14.507 solicitações, e estudo, com 8.725 justificativas. Além disso, houve 2.300 pedidos para cumprir missão religiosa, 1.966 para fixar residência em fronteiras e 4.317 para receber acolhida humanitária.
Em relação aos pedidos de reconhecimento da condição de refugiado, foram registradas 68.159 solicitações, sendo que 13.632 foram concedidos, 24.887 foram extintos, 28.890 arquivados e 318 indeferidos. A Venezuela se mantém como a principal nacionalidade entre os refugiados reconhecidos, seguida por Afeganistão e Colômbia, de acordo com o boletim.
A chegada de 5.837 venezuelanos em dezembro do ano passado evidencia a contínua entrada desses migrantes no Brasil, com Pacaraima, em Roraima, sendo o principal ponto de entrada. A Operação Acolhida oferece suporte aos venezuelanos, que atualmente estão distribuídos em 1.026 municípios de todas as regiões do país, com destaque para as cidades de Curitiba e Manaus.
No entanto, as ações da Operação Acolhida foram temporariamente suspensas no final de janeiro deste ano, devido ao bloqueio do repasse de verbas por parte do governo dos Estados Unidos. Em resposta, o governo brasileiro assumiu as atividades da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para garantir a continuidade dos serviços essenciais.
Diante do grande volume de migrantes provenientes da Venezuela, o governo federal destaca a importância de manter políticas voltadas para a crise humanitária enfrentada pelo país vizinho. Paralelamente, os dados também revelam que até 2023, 4.996.951 brasileiros residiam fora do país, com destaque para a América do Norte e a Europa como as principais regiões de destino. Os Estados Unidos e Portugal lideram como os países com o maior número de brasileiros residentes no exterior.









