Essa iniciativa não surgiu do nada; a proposta de uma tributação global voltada para os super-ricos foi trazida à mesa pela primeira vez em fevereiro, durante a reunião dos ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 realizada em São Paulo. Segundo a estimativa brasileira, a instituição de um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários poderia resultaria em uma arrecadação anual variando entre 200 e 250 bilhões de dólares.
A proposta detalha um modelo de tributação progressiva, focando em aproximadamente 3 mil pessoas que possuem fortuna superior a um bilhão de dólares e que atualmente não contribuem com pelo menos 2% de imposto de renda anual. Esta estratégia busca não apenas aumentar a arrecadação, mas também promover uma maior equidade fiscal em um cenário global onde a concentração de riqueza frequentemente é foco de críticas e debates.
O impacto de tal medida poderia ser substancial, não apenas em termos de arrecadação, mas também em termos de justiça social e redistribuição de renda. Os recursos obtidos com a tributação dos super-ricos poderiam ser direcionados para áreas críticas como saúde, educação e infraestrutura, potencializando o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades.
A reunião dos ministros de Finanças do G20, prevista para ocorrer até sexta-feira, será crucial para ratificar esses acordos e definir os próximos passos para a implementação da proposta. O anúncio da taxação dos super-ricos é esperado com grande expectativa e poderá representar um marco importante na história da tributação internacional, sinalizando uma nova era de cooperação e justiça fiscal global.