A reforma da Previdência, realizada em 2019, estabeleceu uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Contudo, essas medidas se mostram insuficientes diante da realidade atual. Um aspecto crítico é que apenas uma fração dos trabalhadores contribui para a Previdência, o que coloca em risco a sustentabilidade do sistema a longo prazo. Além disso, o Banco Mundial sugere que a unificação das regras previdenciárias — entre os gêneros e entre trabalhadores urbanos e rurais — é uma necessidade premente. A revisão das normas relacionadas às pensões também é considerada uma ação essencial para garantir a saúde financeira do sistema.
Vale ressaltar que o Brasil está envelhecendo de forma mais acelerada que diversos países desenvolvidos, que levaram décadas para alcançar níveis semelhantes de dependência etária. Essa particularidade coloca o país em uma situação delicada, já que, se nenhuma mudança significativa ocorrer, o sistema de Previdência corre o risco de se tornar insustentável. É imperativo que o governo e os formuladores de políticas estejam cientes da urgência dessa questão e comecem a pensar em soluções sustentáveis antes que a situação se torne irreversível. A discussão sobre a Previdência Social deve avançar em um ritmo semelhante ao das transformações demográficas que o Brasil enfrenta, não apenas para assegurar o bem-estar das futuras gerações, mas também para manter a justiça social e a dignidade daqueles que contribuíram para o desenvolvimento do país ao longo de suas vidas.