Brasil pode elevar idade mínima para aposentadoria a 78 anos até 2060, alertam especialistas sobre desafios da Previdência diante do envelhecimento populacional



O sistema de Previdência Social no Brasil enfrenta um cenário alarmante diante do acelerado envelhecimento da população. Conforme indicam pesquisas recentes, a estrutura previdenciária pode sofrer um colapso se não forem implementadas medidas eficazes. A previsão é que, se as reformas necessárias não forem realizadas, a idade mínima para a aposentadoria atinja os 72 anos em 2040 e, posteriormente, os 78 anos em 2060. Esse cenário se torna ainda mais complicado com a diminuição do número de trabalhadores ativos, que, por sua vez, não conseguem suprir a crescente quantidade de aposentados, resultando em um profundo desequilíbrio no sistema.

A reforma da Previdência, realizada em 2019, estabeleceu uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Contudo, essas medidas se mostram insuficientes diante da realidade atual. Um aspecto crítico é que apenas uma fração dos trabalhadores contribui para a Previdência, o que coloca em risco a sustentabilidade do sistema a longo prazo. Além disso, o Banco Mundial sugere que a unificação das regras previdenciárias — entre os gêneros e entre trabalhadores urbanos e rurais — é uma necessidade premente. A revisão das normas relacionadas às pensões também é considerada uma ação essencial para garantir a saúde financeira do sistema.

Vale ressaltar que o Brasil está envelhecendo de forma mais acelerada que diversos países desenvolvidos, que levaram décadas para alcançar níveis semelhantes de dependência etária. Essa particularidade coloca o país em uma situação delicada, já que, se nenhuma mudança significativa ocorrer, o sistema de Previdência corre o risco de se tornar insustentável. É imperativo que o governo e os formuladores de políticas estejam cientes da urgência dessa questão e comecem a pensar em soluções sustentáveis antes que a situação se torne irreversível. A discussão sobre a Previdência Social deve avançar em um ritmo semelhante ao das transformações demográficas que o Brasil enfrenta, não apenas para assegurar o bem-estar das futuras gerações, mas também para manter a justiça social e a dignidade daqueles que contribuíram para o desenvolvimento do país ao longo de suas vidas.

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