O ministro ressaltou que o Brasil está disposto a atuar de maneira ativa e assertiva em sua futura presidência do BRICS em 2025, mesmo após a deleção da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Segundo Vieira, a delegação brasileira, ainda que reduzida, é representativa e composta por diversos representantes do Itamaraty e do corpo diplomático. Ele enfatizou que o BRICS representa uma plataforma vital para o Brasil, oferecendo oportunidades para facilitar cooperação e concertação de políticas com outras nações emergentes.
Durante suas declarações, Vieira mencionou que o BRICS se tornou um “instrumento de inserção internacional”, afirmando que os países membros devem não apenas apoiar a reforma da governança global, mas também evitar sanções unilaterais que muitos países impõem. Isso reforça a posição do Brasil contra qualquer forma de sanção econômica que não seja aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Outro ponto discutido foi a criação de uma nova categoria de países parceiros dentro do BRICS, que visaria facilitar a inclusão de novos membros de forma gradual. O ministro explicou que os critérios para essa adesão englobam a defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU, além de um compromisso com a não adesão a sanções econômicas unilaterais.
Vieira expressou sua satisfação com a declaração final da cúpula, ressaltando que o texto abordou de forma equilibrada questões delicadas, incluindo o conflito na Ucrânia e a situação no Oriente Médio, com ênfase na necessidade de um diálogo diplomático em vez de rompimentos. Ele encerra sua participação na cúpula ao lado de diversos líderes de nações convidadas, demonstrando a relevância contínua do Brasil nas discussões sobre governança global e desenvolvimento econômico.