No Brasil, a matriz energética é predominantemente composta por usinas hidrelétricas, e a escassez hídrica resultou em operações parciais ou até mesmo na interrupção do funcionamento de várias dessas centrais. Para compensar essa falta de geração hidrelétrica, o país teve que activar usinas térmicas, que são bastante onerosas e têm um impacto ambiental negativo significativo. O horário de verão, em vigor até 2019, tinha como objetivo aproveitar melhor a luz solar e eólica, além de reduzir o pico de consumo em até 2,9%.
Silveira também comentou que o período de pico para o usufruto dos benefícios do horário de verão ocorre nos meses de outubro e novembro, considerações que tornam a decisão ainda mais relevante. A falta de planejamento para uma possível implementação deveria resultar em um aproveitamento muito reduzido dessa política, uma vez que qualquer alteração precisaria ser anunciada com antecedência para que setores pudessem se adaptar.
Ainda que neste momento o governo tenha descartado a adoção do horário de verão, a possibilidade de sua volta em 2025 não foi completamente eliminada. Silveira afirmou que se a realidade meteorológica justificar a necessidade de sua implementação, o assunto voltaria a ser avaliado. Portanto, o governo continua atento às variáveis climáticas que podem influenciar a estratégia energética do país nos próximos anos.