Brasil não adotará horário de verão neste ano, assegurando a segurança energética após chuvas que melhoraram situação hídrica do país.



O governo brasileiro decidiu nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, não adotar o horário de verão neste ano, uma medida que estava sendo avaliada frente à crise energética impulsionada pela severa seca enfrentada no país. A informação foi divulgada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após uma reunião com os especialistas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Durante a coletiva, Silveira explicou que a decisão foi fundamentada na atual segurança energética do Brasil, atribuída ao aumento das chuvas nos últimos dias que melhoraram as condições hídricas do país.

No Brasil, a matriz energética é predominantemente composta por usinas hidrelétricas, e a escassez hídrica resultou em operações parciais ou até mesmo na interrupção do funcionamento de várias dessas centrais. Para compensar essa falta de geração hidrelétrica, o país teve que activar usinas térmicas, que são bastante onerosas e têm um impacto ambiental negativo significativo. O horário de verão, em vigor até 2019, tinha como objetivo aproveitar melhor a luz solar e eólica, além de reduzir o pico de consumo em até 2,9%.

Silveira também comentou que o período de pico para o usufruto dos benefícios do horário de verão ocorre nos meses de outubro e novembro, considerações que tornam a decisão ainda mais relevante. A falta de planejamento para uma possível implementação deveria resultar em um aproveitamento muito reduzido dessa política, uma vez que qualquer alteração precisaria ser anunciada com antecedência para que setores pudessem se adaptar.

Ainda que neste momento o governo tenha descartado a adoção do horário de verão, a possibilidade de sua volta em 2025 não foi completamente eliminada. Silveira afirmou que se a realidade meteorológica justificar a necessidade de sua implementação, o assunto voltaria a ser avaliado. Portanto, o governo continua atento às variáveis climáticas que podem influenciar a estratégia energética do país nos próximos anos.

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