No seu discurso, Vieira destacou a gravidade da situação provocada pelo fenômeno climático e afirmou que as sanções impostas ao país não apenas penalizam injustamente o povo cubano, mas também dificultam uma resposta adequada à crise humanitária desencadeada pelo furacão. Ele salientou que as severas sanções já existentes exacerbam o sofrimento da população, limitando as capacidades de recuperação e assistência.
O embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba é considerado um dos mais prolongados da história. Instituído em 1962, praticamente todas as transações comerciais e financeiras com a ilha foram proibidas, afetando severamente a economia cubana. A situação foi ainda mais complicada em 2021, quando o governo de Donald Trump reclassificou Cuba como um estado patrocinador do terrorismo, um passo que reverteu a desescalada promovida por Barack Obama, que havia removido a ilha dessa lista.
Desde 1992, a Assembleia Geral da ONU tem aprovado anualmente uma resolução pedindo o fim do embargo, mas os únicos países que costumam votar contra essa medida são os EUA e Israel. Vale lembrar que, durante o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil mudou sua postura ao votar contra a resolução pela primeira vez em 2019 e, nos anos seguintes, optou pela abstenção em vez de uma condenação direta.
Em um apelo pela construção de um diálogo respeitoso e sem intervenções, Mauro Vieira concluiu sua fala instando os Estados Unidos a removerem as sanções e a reconsiderarem sua abordagem em relação a Cuba, destacando a importância de um entendimento mútuo que beneficie ambas as nações. Com a soma de tensões políticas e desastres naturais, a situação em Cuba continua a ser uma preocupação internacional que demanda atenção e ação eficaz.









