Brasil manifesta preocupação com escalada de violência em Moçambique após eleições e pede contenção entre forças de segurança e manifestantes.



O Brasil expressou preocupação sobre a escalada de violência que tomou conta de Moçambique, exacerbada pelas recentes contestações eleitorais no país africano. Em uma declaração oficial emitida pelo Ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty, o governo brasileiro destacou a atenção com que está observando os desdobramentos da situação. A nota enfatiza a necessidade de garantir a segurança e os direitos civis dos cidadãos moçambicanos, em um momento marcado por intensos confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes.

Desde a divulgação dos resultados das eleições realizadas no dia 24 de outubro, os ânimos se acirraram em Moçambique. O partido da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, foi declarado vencedor, mas a oposição, liderada por Venâncio Mondlane, questiona a legitimidade do processo eleitoral. Mondlane, candidato da oposição apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, ficou em segundo lugar com cerca de 20% dos votos, enquanto o candidato da Frelimo, Daniel Chapo, recebeu mais de 50% das preferências, conforme os dados oficiais da Comissão Nacional de Eleições.

As tensões surgiram após a divulgação dos resultados, levando a manifestações que resultaram em vários casos de violência, com mortes, feridos e vandalismo a propriedades públicas e privadas. O Itamaraty fez um apelo às autoridades moçambicanas e aos grupos de oposição para que evitem o uso excessivo da força e busquem maneiras de resolver as disputas de forma pacífica. A afirmação sublinha que a liberdade de expressão e o direito de se manifestar são fundamentais para a consolidação da democracia no país.

A situação em Moçambique serve como um alerta sobre os riscos associados a processos eleitorais conturbados e a fragilidade institucional que pode ocorrer em contextos de contestação popular. O Brasil, enquanto parceiro internacional, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e o estado de direito, reafirmando a importância de um diálogo construtivo entre as partes.

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