Lula destacou que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a fome. Ele lamentou que o mundo tenha se acostumado a essa situação inaceitável e ressaltou a necessidade de se indignar e lutar contra a desigualdade.
Durante seu discurso, o presidente também abordou outras formas de desigualdade, como a de renda e a de gênero. Ele citou o programa Brasil sem Fome, lançado recentemente pelo governo brasileiro, que busca reduzir a pobreza e a insegurança alimentar por meio de uma série de iniciativas.
Além disso, Lula criticou o mercado financeiro e destacou a importância de os mais ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio. Ele afirmou que as instituições financeiras internacionais devem contribuir para o desenvolvimento dos países, ao invés de agravar o endividamento.
O presidente também aproveitou para mencionar a necessidade de superar as disparidades entre os países ricos e os países pobres. Ele ressaltou que a desigualdade entre esses países se multiplicou no último século, devido a formas de dependência econômica e financeira, regras e instituições injustas, e compromissos não cumpridos.
No final de seu discurso, Lula anunciou o lançamento da “Aliança Global contra a Fome” durante a presidência do G20. Ele convocou todos os presentes a se engajarem nessa iniciativa, visando construir um mundo menos desigual e mais fraterno.
Vale ressaltar que, além do combate à fome, Lula também abordou outros temas em seu discurso na Cúpula do G20. Ele cobrou dos países desenvolvidos um maior comprometimento no combate ao aquecimento global, destacando a urgência de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
O Brasil assume simbolicamente a liderança do G20 no próximo domingo, e a expectativa é de que o país possa promover discussões e iniciativas para enfrentar os desafios globais, como a fome e as desigualdades socioeconômicas.