Brasil Institui Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil em 14 de Abril



Nesta segunda-feira, 29 de julho, foi sancionada a Lei 14.936/24, que institui o Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil, a ser celebrado anualmente em 14 de abril. A medida visa aumentar a conscientização da população sobre os perigos que as crianças enfrentam em relação ao afogamento, um problema que tem vitimado um número alarmante de jovens no Brasil. Conforme levantamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2019, o país registrou 1.480 óbitos de crianças por afogamento, sendo que 59% desses trágicos incidentes ocorreram em piscinas ou equipamentos similares situados em residências.

A legislação que resultou na instituição desta data surgiu a partir do Projeto de Lei 3561/23, de autoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO). A proposta foi amplamente discutida e aprovada pela Câmara dos Deputados em maio, contando com um parecer favorável de Laura Carneiro (PSD-RJ), que destacou a importância de ampliar o debate e a atenção sobre a segurança infantil em ambientes aquáticos.

A escolha do dia 14 de abril não foi aleatória, mas sim uma homenagem à memória de Susan Delgado, uma menina que morreu afogada aos dois anos. Em decorrência dessa tragédia, seu pai, Alex Delgado, tornou-se um ativista pela segurança infantil e criou o “Projeto Susan Forever”. Este projeto é um esforço para disseminar medidas preventivas que podem salvar vidas, incluindo a supervisão constante das crianças enquanto estão na água e a instalação de cercas e câmeras de vigilância em áreas de piscinas.

A criação do Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil reflete uma preocupação crescente com a segurança das crianças em ambientes domésticos e de lazer. O afogamento é uma das principais causas de morte acidental entre menores de idade, e a prevenção é essencial para evitar que mais famílias enfrentem a dor de perder um ente querido em circunstâncias evitáveis. A nova lei não apenas honra a memória de Susan Delgado, mas também funciona como um alerta contínuo para pais, responsáveis e autoridades sobre a importância de adotar medidas de segurança mais rigorosas.

Eduardo Gomes ressaltou a relevância da lei, destacando que ela servirá como um lembrete anual da necessidade de vigilância redobrada e de políticas públicas eficazes de prevenção ao afogamento infantil. A esperança é que, com maior conscientização e ações preventivas concretas, o número de ocorrências diminua significativamente, protegendo assim o bem mais precioso: a vida de nossas crianças.

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