Foram identificadas aproximadamente 800 propriedades rurais em um raio de 10 km do local do foco, que estão sendo rigorosamente monitoradas pelas equipes de vigilância. O Serviço Veterinário Oficial (SVO) realiza visitas regulares para garantir que não haja propagação da doença. Marcelo de Andrade Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, destacou a importância dessas medidas preventivas, especialmente nas 40 a 50 granjas comerciais da região.
Mota explicou que, embora a situação do foco inicial esteja controlada, é essencial continuar com os protocolos sanitários para garantir a segurança das aves e a normalidade sanitária no menor tempo possível. Ele reforçou a necessidade de implementação de ações de biosseguridade, um conjunto de procedimentos operacionais que visam prevenir e controlar a exposição das aves a agentes patogênicos.
Além do foco controlado em Anta Gorda, o Ministério da Agricultura anunciou que outros cinco casos suspeitos de DNC foram descartados após análises laboratoriais. Com isso, a abrangência da emergência zoosanitária foi reduzida para apenas cinco municípios do Rio Grande do Sul. A OMSA será informada sobre a conclusão do foco da doença, que incluiu o sacrifício dos animais afetados e a desinfecção do aviário.
Desde o início da suspeita em 9 de julho e a confirmação em 17 de julho, as autoridades têm trabalhado para conter a doença em uma área de 10 km ao redor do foco. Segundo Mota, não há novas notificações de sintomas clínicos relacionados à DNC, o que indica que o vírus não se espalhou.
A Doença de Newcastle é uma infecção viral que afeta aves domésticas e silvestres, manifestando-se primeiramente com sintomas respiratórios e depois com sinais neurológicos. No Brasil, os últimos casos foram registrados em 2006, envolvendo aves de subsistência no Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Importante ressaltar que a DNC não é transmissível a humanos e não apresenta risco pelo consumo de produtos avícolas.
Este esforço continuado de vigilância é crucial para manter a sanidade da avicultura brasileira e proteger tanto os produtores quanto os consumidores. As autoridades permanecem alertas e comprometidas em evitar novos surtos e em garantir a segurança alimentar do país.