Brasil enfrenta crise de saúde pública com o vício em apostas: tragédia silenciosa é ignorada e causa impactos devastadores



A nova lei que regulamenta as apostas no Brasil, em vigor desde janeiro de 2025, tem gerado discussões sobre os impactos sociais e humanos que o vício em jogos pode acarretar. Apesar de ser vista como uma vitória da economia, a regulação focada apenas na arrecadação e controle financeiro tem despertado preocupações quanto à saúde mental e segurança pública.

O psiquiatra Hermano Tavares, do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico da USP, criticou a legislação atual, alertando sobre o aumento de casos de suicídio e crimes cometidos por viciados em apostas. Sem um olhar integrado que contemple o tratamento e prevenção do vício, a tragédia anunciada parece iminente.

Dados revelam que um em cada três viciados em jogos pensa em suicídio, e metade dos que buscam tratamento acabam cometendo crimes para sustentar o vício. Camila Brandalise, em um podcast do UOL, expôs casos extremos de suicídios, latrocínios e outros crimes decorrentes da compulsão por apostas, evidenciando os sintomas físicos de abstinência que acometem 25% dos jogadores compulsivos.

O Brasil enfrenta um problema profundo com o aumento do vício em apostas. A criação do Grupo de Trabalho Interministerial de Saúde Mental é um passo importante, porém ainda carece de ações concretas e investimentos para tratar o problema. Com a popularização dos jogos online, a facilidade de acesso potencializa o vício, tornando-o mais preocupante.

A regulação das apostas não deve visar apenas o lucro, mas também a promoção da saúde mental e prevenção do vício. O governo e a sociedade precisam reconhecer o vício em apostas como um problema de saúde pública, a fim de evitar não apenas prejuízos financeiros, mas também a perda de vidas. A falta de uma estrutura eficaz de tratamento e prevenção só contribui para a ampliação da tragédia.

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