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Brasil e Colômbia condicionam postura sobre Venezuela à influência dos EUA, afirma especialista em política internacional após eleições contestadas.

A posição do Brasil e da Colômbia em relação à Venezuela, especialmente no que tange ao reconhecimento da vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho último, reflete uma complexa interação entre os interesses internos e as pressões externas, em especial das autoridades norte-americanas. De acordo com a especialista em relações internacionais Carolina Escarrá, essa dinâmica mostra como as decisões políticas dos dois países latino-americanos são influenciadas pela necessidade de manter boas relações com os Estados Unidos.

Após quase três meses das eleições, a controvérsia em torno dos resultados ainda provoca fricções significativas. Cerca de 30 nações se posicionaram contra a validação do resultado pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, e tanto Luiz Inácio Lula da Silva quanto Gustavo Petro, presidentes do Brasil e da Colômbia, têm declarado que não reconhecerão oficialmente a vitória de Maduro até que haja uma clareza nas atas que atestem a veracidade da contagem de votos.

Escarrá observa que a Colômbia, por exemplo, abriga pelo menos nove bases militares americanas, fato que pesa significativamente nas decisões do governo. Isso se torna particularmente relevante em um contexto onde questões migratórias e de segurança são centrais. Não é à toa que o clima político interno, como a investigação em curso sobre o presidente Petro, pode influenciar não apenas a política interna, mas também as relações externas, especialmente em um cenário onde os interesses dos Estados Unidos precisam ser considerados.

A especialista ainda alerta que as estratégias e posturas adotadas por Lula e Petro podem ter fundamentos que vão além do que se supõe a nível local. Laboratórios de ideias nos EUA têm moldado as visões sobre qual deveria ser o alinhamento político em relação à Venezuela, sugerindo que os dois países latino-americanos atuariam como pivôs na aceitação de um candidato opositor, como Edmundo González.

Assim, a situação revela um jogo complicado onde as decisões políticas dos líderes brasileiros e colombianos são influenciadas, em boa medida, pela necessidade de navegar entre as demandas locais e as expectativas de potências como os Estados Unidos, sempre com um olho nas repercussões que tais decisões podem trazer no cenário internacional e interno.

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