Brasil e África: Lançamento de Livro Destaca Conexões Culturais na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas com Pesquisadores Envolvidos.

Brasil e África: Uma Conexão Cultural Profunda

O intercâmbio cultural entre Brasil e África será explorado com profundidade na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontece de 31 de outubro a 9 de novembro. Em um evento que promete atrair a atenção do público literário e acadêmico, será lançado o livro “Brasil e África ligados culturalmente nos seus Ritos e Raízes”, organizado pelos renomados pesquisadores Gian Melo, Giselda Brito e Valéria Costa. A obra compila 14 artigos que abordam a rica confluência cultural entre os dois países, reforçando a importância de reconhecer e valorizar as raízes africanas que moldaram a identidade brasileira.

Gian Melo, um dos organizadores, enfatiza a relevância desse tema, propondo um olhar atento sobre as influências africanas na formação da sociedade brasileira. Ele destaca que “o Brasil possui a identidade que tem, em grande parte, devido à presença histórica dos africanos.” Melo chama a atenção para o fato de que as práticas culturais, religiosas e sociais de origens africanas continuam a influenciar o cotidiano brasileiro, muitas vezes de forma invisível ou ignorada.

O lançamento do livro ocorrerá em duas datas: a primeira, no dia 31, após a abertura da Bienal, no estande da Editora da Universidade Federal de Alagoas, e na sequência, no dia 7 de novembro, durante uma sessão no Centro de Convenções. Nesse segundo lançamento, os organizadores e alguns autores, incluindo um pesquisador angolano, estarão presentes para discutir a obra e sua significância.

Os artigos contidos no livro analisam uma variedade de temas e períodos históricos, desde a vida dos africanos escravizados em Alagoas até as relações diplomáticas contemporâneas entre Brasil e Angola. O conteúdo propõe uma reflexão sobre como as histórias interligadas e as influências culturais moldaram a experiência afro-brasileira e a historiografia nacional.

Fábio Figueiredo, da Universidade Federal da Bahia, percebe a obra como uma contribuição valiosa à discussão sobre cultura e artes, destacando a interdisciplinaridade e a diversidade de vozes que enriquecem o debate acadêmico.

Em sua fala, Melo expressou gratidão ao professor Eraldo Ferraz, curador da Bienal, e à Editora Edufal, pela oportunidade de liderar esse projeto. Ele destacou o desafio que foi compor a obra, que busca dialogar sobre as experiências e histórias do Brasil e da África, observando as duas margens do Atlântico.

Por fim, Melo convidou o público a descobrir e explorar os temas apresentados no livro, que permeia uma variedade de aspectos como música, candomblé e a tradição dos quilombos. A expectativa é de que o evento seja não apenas uma celebração literária, mas também um momento de reflexão e aprendizado sobre a formação cultural brasileira, marcada de forma indelével pela presença africana.

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, realizada pela Universidade Federal de Alagoas com o apoio do governo do estado, surge como um espaço vital para a troca de conhecimentos e o fortalecimento das raízes culturais entre Brasil e África, prometendo destacar a importância desses laços ao longo de sua programação diversa.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo