Amorim utilizou a ocasião para criticar a eficácia das sanções, argumentando que elas não apresentam resultados tangíveis e, de fato, são mais prejudiciais para a Europa Ocidental do que para a economia russa. Segundo suas observações, a Rússia, ao contrário, tem mostrado resiliência e até crescimento econômico diante das restrições. O assessor mencionou que os Estados Unidos estão lucrando com a venda de combustíveis caros para os países ocidentais, que dependem de suprimentos transportados por mar, enquanto poderiam obter gás a preços mais acessíveis via gasodutos russos.
As declarações de Amorim ocorrem em um contexto de crescente conflito geopolítico, onde as relações internacionais estão se reconfigurando. O Brasil, por sua vez, busca se posicionar como uma nação independente, que mantém relações normais e cooperativas com a Rússia. Essa visão é compartilhada no cenário mais amplo dos BRICS, um bloco que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e busca promover um multipolarismo nas relações globais.
A 16ª Cúpula do BRICS, que acontecerá em Kazan de 22 a 24 de outubro de 2024, contará com a presença de trinta e dois países, dos quais 24 serão representados por chefes de Estado. A expectativa é que o encontro seja uma oportunidade para discutir não apenas questões econômicas, mas também o fortalecimento das relações entre os membros do grupo em meio à crescente desconfiança das potências ocidentais. A crescente participação de nações diversas sinaliza um possível realinhamento nas dinâmicas globais, refletindo uma mudança nas prioridades e nas alianças internacionais.









