No comunicado, o Itamaraty condenou essa ação, qualificando-a como uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional.” O ministério também destacou que tal decisão vai de encontro ao parecer da Corte Internacional de Justiça, que, em uma resolução de julho de 2024, afirmou que a presença contínua de Israel no território palestino ocupado é ilícita. A Corte determinou que Israel tem a obrigação de interromper imediatamente qualquer nova atividade relacionada a assentamentos e de evacuar todos os seus moradores dessa região.
A nota do governo brasileiro enfatiza que as “recorrentes medidas unilaterais” adotadas por Israel não apenas comprometem a paz, mas também dificultam a implementação da proposta de solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino. Essa abordagem diplomática visa estabelecer um Estado palestino independente e viável, que coexistiria pacificamente ao lado de Israel nas fronteiras pré-definidas de 1967, englobando a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental servindo como sua capital.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou recentemente do Grupo de Madri, um encontro que reuniu países empenhados na busca por soluções pacíficas para a questão palestina. O Brasil, que reconheceu oficialmente o Estado palestino em 2010, mantém uma postura firme em favor de negociações que visem a paz e a estabilidade na região, reafirmando sua posição de que ambas as nações devem conviver de maneira harmoniosa e respeitosa. O contexto atual é um desafio para a diplomacia internacional e exige diálogo e entendimento entre os envolvidos no conflito.









