Brasil corre risco de perder autossuficiência em petróleo em menos de 10 anos, alerta diretora da Petrobras sobre Margem Equatorial e investimentos necessários.



A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, fez um alerta preocupante sobre a possibilidade do Brasil perder sua autossuficiência em petróleo dentro de uma década. Em uma recente entrevista, a executiva destacou que, caso a exploração da Margem Equatorial não seja autorizada, o país poderá ser obrigado a recorrer à importação de petróleo. Este cenário é reforçado pelo fato de que, entre 2029 e 2030, a produção proveniente do pré-sal, que atualmente representa uma parte significativa da extração brasileira, começará a decline.

Nos próximos anos, a Margem Equatorial é vista como crucial para o futuro energético do Brasil, uma vez que a Petrobras estima que ela represente cerca de 40% dos investimentos planejados para a exploração de petróleo. No entanto, essa ambição enfrenta um entrave regulatório: a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A diretora revelou que a empresa já investiu “centenas de milhões de dólares” para atender às exigências ambientais que visam minimizar os impactos da exploração na região.

Caso a Petrobras não obtenha a autorização para explorar a Margem Equatorial, Sylvia dos Anjos mencionou outras alternativas, incluindo parcerias com países africanos, como a Tanzânia, que recentemente fez descobertas significativas no setor. Essa possibilidade é uma tentativa de diversificar as fontes de petróleo e garantir a segurança energética do Brasil, mas também traz à tona questões sobre a dependência de outros mercados.

A perda de autossuficiência em petróleo seria um duro golpe não apenas para a economia nacional, mas também para a estratégia de energia do país, que ao longo dos anos tem buscado se consolidar como um grande produtor e exportador. Portanto, as decisões que serão tomadas nos próximos anos podem moldar o futuro energético do Brasil e sua posição no cenário global.

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