Com a sétima maior reserva de urânio do mundo, o Brasil tem potencial para se tornar o terceiro maior detentor desse recurso globalmente, mesmo explorando apenas 26% do subsolo nacional. A cooperação com a empresa russa Rosatom foi destacada durante um evento realizado recentemente, evidenciando a busca por uma parceria equilibrada e geradora de crescimento tecnológico.
Na Rússia, a Rosatom é responsável por todas as atividades nucleares, desde mineração até operação de reatores. No Brasil, a atuação da empresa ainda se concentra em produtos nucleares, como radioisótopos e combustível nuclear. O potencial de geração nuclear de 1,1 gigawatt (GW) até 2035 foi apresentado, com destaque para a tecnologia inovadora de SMRs.
Historicamente, o Brasil estabeleceu parcerias com países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França para impulsionar sua indústria nuclear. O avanço na produção de energia nuclear é visto como uma oportunidade de reduzir a dependência de fontes fósseis, tão presentes na matriz energética brasileira.
A entrada da Rosatom no mercado brasileiro representa a possibilidade de ampliar a geração de energia de forma mais eficiente e sustentável. Além disso, a tecnologia de SMRs oferece benefícios como menor custo inicial, pegada de carbono reduzida e maior segurança operacional, sendo adequada para um país com grandes distâncias e necessidades específicas de energia.
Apesar dos desafios, como a falta de regulamentação específica e de mão de obra qualificada, a implementação dos SMRs no Brasil parece promissora. Essa tecnologia poderá atender demandas pontuais por energia, contribuindo para a diversificação da matriz energética e para aumentar a segurança no fornecimento de eletricidade.
Com tantas vantagens e o potencial de crescimento na área nuclear, a parceria entre o Brasil e a Rosatom sinaliza um caminho promissor para a energia do futuro no país.