O crescimento do emprego formal também foi notável, com um incremento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED) registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, fornecendo uma contribuição significativa para a economia, que representa um crescimento de 3,8% no período.
A taxa de desocupação trouxe alívio, atingindo o menor nível desde 2014, caindo para 6,9%. O índice de desemprego de longo prazo também registrou uma leve queda, enquanto a taxa de desalento, que mede as pessoas que desistiram de procurar emprego, diminuiu em 0,4 ponto percentual. Dentre os setores que se destacaram na criação de empregos estão os de transporte, informática e serviços pessoais, mas a área agropecuária continua a enfrentar dificuldades, com uma nona redução consecutiva no número de ocupados.
Apesar dos avanços, o IPEA expressou preocupação quanto à quantidade de pessoas inativas no mercado de trabalho, que soma 66,7 milhões. Destes, 3,2 milhões desistiram de buscar emprego devido ao desalento. Os especialistas alertam para a urgência de investigar as razões desse fenômeno e sugerem a implementação de políticas para reintegrar essa parcela da população ao mercado de trabalho.
Além disso, o relatório assinala que a renda média teve um aumento real de 5,8%, encerrando o segundo trimestre de 2024 em R$ 3.214, com a massa salarial real apresentando um crescimento significativo de 9,2% ano a ano. Apesar do cenário otimista em vários setores, os desafios persistem, especialmente em relação à informalidade e às necessidades por melhorias estruturais no mercado de trabalho brasileiro.