Brasil apresenta suas prioridades na cúpula do BRICS em Kazan, destacando cooperação, sustentabilidade e reforma do Conselho de Segurança da ONU.



A 16ª cúpula do BRICS, marcada para a próxima semana em Kazan, na Rússia, representará uma importante oportunidade para o Brasil, já que será o primeiro encontro oficial com todos os dez membros do bloco. O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se dedicará a apresentar suas prioridades e propostas estratégicas, além de se preparar para a presidência rotativa que assume no próximo ano.

Recentemente, autoridades russas expressaram o papel significativo deste evento, considerando-o um marco na política internacional, especialmente à luz da adesão de novos países ao BRICS. Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou que a expansão do bloco não apenas aumenta sua influência global, mas também é essencial para fortalecer parcerias importantes em diversos setores.

O Brasil, que será representado por Lula, pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo assessor especial Celso Amorim, tem enfatizado diversas pautas de relevância para a cúpula. Entre as propostas estão: o estabelecimento de critérios claros para parcerias com países que desejam se aliar ao BRICS, permitindo uma melhor articulação com nações do Sul Global, a formação de uma plataforma de pagamentos entre os membros do bloco, além das iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

Um aspecto notável será o compromisso brasileiro com a agenda ambiental. Especialistas ressaltam que o Brasil deverá continuar defendendo um papel ativo nas discussões sobre proteção ambiental e combate ao desmatamento, destacando sua posição como líder nesse tema entre os membros do BRICS. Essa abordagem foi claramente manifesta nas falas de Lula durante a Assembleia Geral da ONU, onde enfatizou a importância de ações proativas contra as queimadas na Amazônia.

Outra questão significativa que deverá ser abordada é a segurança alimentar, uma prioridade não apenas para o Brasil, mas também para outros países do BRICS, refletindo a importância do bloco na luta contra a fome em nível global.

Adicionalmente, a reformulação do Conselho de Segurança da ONU será um tópico central nas discussões. O Brasil tem defendido a inclusão de novos membros, especialmente da América Latina e África, no objetivo de democratizar as decisões internacionais.

Essa cúpula é vista como uma plataforma essencial para que o Brasil se posicione como uma potência emergente no cenário global, buscando promover a equidade econômica e a justiça social em uma ordem internacional ainda muito desigual. Com a ampliação do BRICS e as diversas propostas que serão apresentadas, o Brasil busca reforçar sua influência, definir novas parcerias e trabalhar em prol de uma governança global mais inclusiva e engajada.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo