Brasil anuncia novo plano ferroviário para fevereiro, visando modernização e retirada de trens das áreas urbanas, afirma ministro dos Transportes Renan Filho.



O Brasil está prestes a lançar um ambicioso plano voltado para o desenvolvimento ferroviário, previsto para a primeira quinzena de fevereiro. A informação foi divulgada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, que destacou a importância de modernizar e expandir a malha ferroviária do país, que atualmente conta com mais de 30 mil quilômetros de trilhos, conforme dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

Em uma entrevista recente, o ministro comentou sobre a audiência que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde apresentou uma carteira de projetos para revitalizar o setor. Segundo Renan Filho, um dos principais objetivos desse plano é a remoção das ferrovias que transitam dentro das áreas urbanas, prática que é considerada inadequada para as grandes cidades, como é o caso de São Paulo. “Precisamos retirar carga das estradas e transferi-la para as ferrovias para minimizar os conflitos rodoviários que ainda representam um desafio no Brasil”, afirmou.

A proposta é não apenas descongestionar as cidades, mas também modernizar uma infraestrutura que há décadas não passa por melhorias significativas. Com a estrutura ferroviária existente dotada de curvas acentuadas, a velocidade das locomotivas é comprometida, tornando-as menos competitivas em relação a outros modais de transporte, como ônibus e caminhões. O ministro enfatizou a necessidade de investimentos expressivos para implementar essas alterações, o que demanda um esforço considerável de financiamento público e privado.

Em termos de investimento, o governo federal estima que até 2026 haverá um aporte total de aproximadamente R$ 94,2 bilhões no setor ferroviário, com R$ 6 bilhões destinados a recursos públicos e R$ 88,2 bilhões provenientes de iniciativas privadas, como parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Essa injeção financeira busca, entre outros objetivos, aumentar a densidade da malha ferroviária brasileira, que atualmente é consideravelmente inferior à dos Estados Unidos.

Historicamente, o Brasil voltou sua atenção para a área ferroviária, com a retomada de importantes obras, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), no sul da Bahia, além da conclusão da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que liga São Paulo ao Maranhão. O comprometimento do governo com esse setor é visto como uma resposta à necessidade urgente de modernização e eficiência no transporte de cargas e passageiros, numa tentativa de revitalizar a logística nacional e impulsionar a economia.

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